sábado, 28 de agosto de 2010

retrato, Auto.


Nascia no verão, para a alegria da família era outra menina, pequenina morena, dos cabelos enrolados e olhos escuros e espremidos, ela cresceu, hoje adolescente vive num mundo de escolhas, preocupações e responsabilidades, mesmo tudo não tendo o peso de uma vida adulta, ela sabe disso. É aquariana, lê horóscopos acredita que possa haver uma pequena verdade naquelas palavras de astrólogos, e depois acha tudo uma grande bobagem, ela acredita mesmo é em amuletos, mesmo às vezes parecendo pior do que acreditar em horóscopos, ela não liga.
Ela pode até se virar em certas situações socialmente bem, mas permite que poucas pessoas aproximem-se dela e por conseqüência disso poucos a conhecem bem, é bastante teimosa, não gosta muito que a contrariem.
Têm medo de cachorros, principalmente os abandonados que procuram por carinho e geralmente a assustam quando apenas pedem a sua mão na cabeça deles, adora tartarugas e gatos, são animais preguiçosos que não fazem barulho, ela é igual, preguiçosa e quieta, falando nisso ela é um 'pouco' sedentária, e costuma chamar-se de pequena jovem idosa adora jogar baralho e dominó, café é o seu vicio, digamos que é movida à cafeína.
Não gosta muito de sair, e quando sai prefere lugares calmos, pois não gosta de muito agito nem muito barulho, já freqüentou lugares de quase todos os tipos hoje consegue classificá-los em melhores e piores.
Tem um sentimento especial por teatros e cinemas, que inclusive são lugares bastante freqüentados por ela, o mesmo sentimento tem por música, e seus ouvidos aceitam um só tipo de música: BOA! Mas costuma dizer que com um rock se sente bem.
É bastante ‘reinenta’, fala bastante com pessoas intimas, e é tímida involuntariamente, às vezes critica, principalmente quando se trata de pré-conceitos, sobre tudo, muitas vezes guarda suas opiniões e criticas consigo mesmo, muita gente não a entende, ou a entende, mas do seu jeito, e não do que ela gostaria. Não usa brincos, não tem as unhas feitas, e maquia-se apenas para festas, gosta muito de estudar e não gosta de ir à escola. Família é coisa mais importante, que aos poucos se tornou muito ligada à mesma, chora baixinho para não ser ouvida, e de chorar pega no sono, mas também ri sozinha das suas manias e TOCS que se tornaram mais comum do que antes, é gremista não fanática, mas tem um grande carinho e admiração pelo time.
Ela tem muitos sonhos, idéias, angústias e também muitos medos, por isso seus dedos incontrolados batem no teclado, digitando palavras que vem da mente, aliviando sua cabeça congestionada de pensamentos, e com prazer a apresento: EU.


L.L.
Foto: 1998, Setembro.

Um poema para Luisa

Que linda ela, brincando na rua
Cabelos cacheados ao vento, pequena menina
Com braços curtos vem me da abraços
Eu encho de beijos;
Luisa morena,pequena dançante
Que linda ela, minha menina.
Lais L.

domingo, 8 de agosto de 2010

De Filha para Pai

Talvez hoje eu não participe tanto da vida dele, mas mesmo assim ele é meu orgulho, talvez eu não conte tudo pra ele, mas sei que ele sabe o que eu sinto apenas pelo jeito que ele me olha. Eu sendo a ultima filha, sei que meu pai já não tinha tanto pique quando eu era criança pra brincar comigo, mas tenho lembranças dele nas tardes de domingo, que mesmo cansado me levava pra andar de bicicleta fazendo voltas pela beira o rio, da gente indo pescar, e de quando ele me levava nas tardes de sol no parquinho e ficava lá sentado me observando, e também da primeira vez que me levou pro estádio de futebol, lembranças que o tempo não apagará.
É ele que aposta toda a sua fé em mim e nas minhas irmãs, também briga, e me põe limites, é ele que tem as idéias mais mirabolantes de sair pelo Brasil viajando mesmo a gente nunca fazendo isso, talvez tenha sido ele que me mandou acreditar em meus sonhos e nunca desistir deles. Acredito que todo pai tenha cara de durão, mas o meu vence, mesmo tendo dentro dele um coração enorme. Meu pai não é como o pai de todo mundo, porque realmente ele é diferente, ele também não faz a melhor comida, mas sabe comprar as melhores comidas, ele tem manias engraçadas e eu adoro o jeito dele de comprar muitas coisas quando estão na promoção, também adoro quando eu coloco uma musica e ele diz que o cara só resmunga, e ele sabe direitinho me agradar quando estou doente, é ele que sempre traz aquele brioche HAHAHA.
Suas três filhas já não são crianças a mais velha já tem uma filha linda, a do meio já trabalha e tenta ainda passar no vestibular, mas ele aposta nos seus sonhos, e eu a pequena a negrinha também cresci, aquela que ele acompanhava nas festas, hoje ele faz o papel de levar e buscar independente do horário, e também é comigo que você divide a cerveja pra não me deixar na vontade HAHA, e também já me ensinou a jogar sinuca. Não há muitas palavras pra explicar quem é meu pai, admito que seja uma tarefa difícil, mas ele é diferente e está no topo de todos os pais, eu só tenho dizer obrigada, não só por tudo o que ele me fez ou faz, mas por me dar a vida também.
Já eu talvez eu não seja a melhor filha, também não torço pro mesmo time que ele e talvez eu nem seja aquilo que ele sonhou pra mim, mas tenho a certeza de uma coisa, eu sou e serei para sempre a sua pequena, a sua negrinha.
E pai eu amo você do jeitinho que és.

Ass.: De sua filha L.L.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Era 5 de agosto e ela se foi.


"5 de agosto de 1962, aos 36 anos, foi encontrada morta uma das maiores estrelas do cinema, Marilyn Monroe, ninguém sabe como o porquê da sua morte, acontece que ela continua viva e linda nas rádios e no cinema. Marilyn, com tanto sacrifício, dedicação e um talento afiado tornou-se o maior símbolo sexual de todos os tempos, e também um ícone de popularidade no cinema do séc. XX. Sempre com tanta elegância, soltou frases irônicas e sempre sinceras de forma engraçada, casou-se três vezes e desistiu destes três casamentos para seguir seus sonhos, uma mulher totalmente forte que quebrou regras, subiu no salto, passou um batom vermelho e deu gargalhadas lindas, uma loira 'somente' sensual e meiga, e sem muito que dizer, sem muitas palavras para explicar, o sentimento de saudade de alguém a qual eu nunca conheci, nunca falei, mas alguém que mudou padrões, e hoje já fazem 48 anos, e ela se foi, junto dela sofrimento e muitos, muitos segredos, anos que o mundo vive sem ela, mas, digo que pra mim e para muitos ela se tornou ‘apenas’ uma admiração, uma grande admiração".


Por: L.L.

“Foi preciso que ela morresse para provar que ela também tinha alma"
Trecho do livro: Divas Abandonadas

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Não adianta, não passa.


"Finjo, finjo ser forte o bastante, para esquecer você, mas às vezes perco o sono, sinto raiva e ao mesmo tempo paro e me pego pensando em ti. Aquela noite, eu só queria dançar a noite toda, mas você apareceu e falou com tanta sinceridade que ainda me amava pra minha melhor amiga, meu desejo era de sentir você teu corpo junto ao meu, aquele abraço como se eu fosse fugir e você me segurava firme e forte, você ficou na minha frente e eu olhei fundo nos seus olhos analisei e você estava tão lindo, tão igual como sempre, mas tão lindo, e eu já estava encantada, ficamos ali parado ouvindo as pessoas em volta conversarem e nós fazíamos comentários, e às vezes deixávamos correr palavras soltas apenas para tocar um ao outro, meu rosto demonstrava pouca alegria de você estar ali na minha frente, mas eu sentia minha alma em sintonia, e em extrema alegria, mesmo eu não podendo te tocar mas você tava ali, gesticulando as mãos e levando aquele copo de uísque vagarosamente aos seus lábios, era tão bonito, e então você falava, soltava suas indignações e junto deles bordões engraçados eu ria do seu jeito engraçado de se expressar, olhava de novo e percebia o tamanho dos seus cachos, minhas mãos coçavam de vontade de mexer neles, estavam maravilhosos, porém minhas mãos apenas sentiam minha cintura e o meu cabelo que não tinha graça alguma que eu mesma tocava e mexia, o show estava preste de começar, e ele tão delicado saiu, queria observar cada passo, logo que começou e sem perceber logo ele se aproximou tão acostumada não notava que as mãos dele passavam sobre a minha cintura, senti seu rosto chegar próximo ao meu, eu tinha tudo, tinha ele, a musica rolava e a cada segundo sentia o seu rosto perto do meu e logo já estava colado e eu disse um NÃO, sua voz mansa tocou minhas orelhas e ele baixinho, baixinho perguntou por que, a resposta era uma dúvida minha e dele, era apenas puro orgulho, tudo o que eu queria tava ali, queria valor, valor a mim, a carne foi forte e então não me entreguei de leve a ele, sem resposta as mãos quentes dele desencostaram da minha cintura e rapidamente ele se afastou, e foi, foi e não voltou.
Eu estacionei por um segundo olhei em volta e todo mundo cantava como se a música tocasse a alma, minha amiga me olhava indignada, e eu ali só queria chorar, ela disse parabéns abri um pequeno sorriso e me deixei levar, me entreguei quase inteiramente à noite, e não a ele, dançava muito e ao mesmo tempo acompanhava os passos dele de um lado pra cá, me entregava um pouco mais, ria, cantava e conversava com todas as pessoas próximas, a noite foi passando, e já eram 02h30min da madrugada e meu pique estava lá encima, não queria saber de mais nada e então o restante me entreguei dai chorei quando tocaram 'LET IT BE' e cantei baixinho 'something' claro lembrando-me dele, mas ria e ria muito quando os "BEETLES" aqueles argentinos já não sabiam o que fazer para animar a platéia.
Era uma noite incrível que tava indo embora, momentos e sensações maravilhosas, minha decisão de recusar o beijo que me saciaria foi péssima, mas a felicidade da minha alma de ter visto-o tão bem, me libertara para encarar e me entregar inteiramente àquela noite.

Agora ficam as lembranças que tomam e sempre tomarão conta da minha mente, lembranças desses e de outros momentos que passamos juntos e que eu jamais vou esquecer esse seu jeito ser louco, um louco normal, a sua voz mansa, sua chatice e o seu jeito engraçado de se expressar. Mesmo minha cabeça estando cansada de pensar na mesma coisa, paro e penso que independente do que aconteceu ele de alguma forma me fez feliz, feliz o bastante para eu ter vontade de lembrar-me dele como se fosse aquela tarde de julho, aquele dia treze, aquela primeira vez. E por mais que eu saiba que tudo acabe eu realmente não queria, e se fosse um sonho jamais queria ter acordado, e fui obrigada a acordar e encarar o NOSSO FIM, que por alguma razão determinei. Ele deixou marcas em mim, marcas e lembranças que jamais alguém irá tirar. Hoje agradecer por ele ter me feito tão feliz, e mesmo sabendo que meu sentimento continua o mesmo, vivo e sigo feliz, sentindo o ar de liberdade e me entregando cada dia a mais, para a vida."

Com os sentimentos a flor da pele, L. L.