quinta-feira, 14 de março de 2013

(Des)Amor.



  Já faz tempo que não falo do amor, porque em época de seu esquecimento me perdi na embriaguez da minha solidão. 
Penso e entristeço que preço que pago, desse “amor” dado em forma de prazer por dias, por uma noite, e seguido de socos ao estômago.  Paro o mundo para suspirar nas lembranças dos tons coloridos que tu deixavas nos meus dias, o sentimento de que as filas dos bancos eram divertidas e as chuvas inesperadas não eram ruins e suspirava como mel um ‘sou sua’ sem sequer me importar.
  Disfarço a rotina com sorriso, mas as cores marcantes viraram tons pastel pra mim, e estão prestes a sumirem na água corrente ao lavar seus pincéis para pintar o rosto de quem tem te feito chegar mais tarde cor laranja avermelhado e/ou 'morenisse' de menina. Não, tu não és tão esperto assim e o destino se encobriu de abrir meus olhos desconfiados, que ardeu feito gado em ferro a brasa.
Você mesmo te entrega quando fala mais fino com ela me deixando prisioneira na roda no jogo das facas, fazendo do ciúme o belo espectador que nunca tive. Em outros tempos, não desistia, mas desse jogo em que a aposta sempre foi mais minha, resolvo perde-lo da mesma forma que perco a areia pelos cantos da mão quando tentei segurá-la.
  Jamais esqueço, mas deixo-te agora, da mesma forma que deixasse teu cheiro no meu travesseiro e que a água (infelizmente) lavou.
Com tristeza, por: Lais Lodi / L.L.


2 comentários:

  1. e quem nunca passou por isso?
    *-* e no final tudo passa ...
    seguindo e nova leitora
    http://helpanaemia.blogspot.com.br/

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